
Santana: Música para os quadris
Com licença Pearl Jam, Stones, U2, tudo beleza, tem espaço pra todo mundo, gosto não se discute e tal e coisa, mas guitarra com molho é oooooutra coisa, outro prato, outro sabor... Show do Santana na Apoteose!!
Não entendo nada de técnica, mas não sou surda e a banda foi o que deveria ser, com louvor: metais em brasa, percussão irresistível. Dancei muito, cantei outro tanto, não me arrependo dos (caríssimos) R$ 120. Minha irmã, que entende muito do riscado, diz ser fã incondicional do Raul Rekow, cujo biotipo inspirou o seguinte comentário do impagável LSDias: "traficante peruano recuperado..." .
Foi um show ótimo e talvez um dos melhores deste ano cheio de atrações internacionais (semana que vem tem outro - Jamiroquai no Claro Hall - vejo vocês lá!) , mas ainda assim não foi o show que eu encomendei aos céus não! Terminou meio bobo, quem estava à minha volta ficou sem saber se tinha acabado mesmo, se devia pedir bis ou ir embora. Faltaram, do "Shaman", "Nothing At All", "The Game Of Love" e "You Are My Kind", e do "All That I Am", "Just Feel Better", "I Don't Wanna Lose Your Love", "My Man" e "Cry Baby Cry". Passei a semana sonhando ouvir/cantar/dançar estas duas últimas ao vivo, e fui pra casa frustrada. Custava trazer uma vocalista bacana, para fazer as músicas que na gravação original tiveram como convidadas Michelle Branch, Mary J. Blige e Joss Stone? Foi economia nos custos da turnê????

Vocês não ficaram com medo daquela pomba da paz no telão, não? Gigante, voando, voando, voando, em câmera lenta e sem chegar a lugar nenhum... Parecia uma assombração, sei lá... Para compensar, do telão também veio um momento bem bonito do show: as imagens da carreira, dos álbuns, dos shows de décadas.
O Bono deve ter dito pra ele "fala de paz e de Deus que o povo de lá gosta", e ele lascou umas frases quase samba do crioulo doido, juntando Buda e Xangô. Dispensável, dispensável: a Fundação Milagro não precisa disso... Outras pequenas apelações, que não comprometeram o andamento do espetáculo, foram a citação de ''Aquarela do Brasil'' e a saudação aos "nossos irmãos da favela". Também foi uma apelaçãozinha, mas teve o mérito da originalidade a "Romaria" no baixo de Benny Rietveld. A platéia fez coro bonito no refrão.
A camisa que Carlito usou durante todo o show (nada daquelas presepadas de ficar trocando de figurino) ele comprou em algum camelô na calçadão, aposto. Outra do LSDias: "Figurino discreto, o do Santana, todo em tons de cinza. Desde o cinza amarelo-gema até o cinza verde-bandeira...". Aliás, registro que daqui pra frente só quero ir aos shows com o Lu Dias: apoiada por ele fui me esgueirando pela multidão, e vi quase toda a apresentação na cara do palco, de frente pro gol.
Para ler comentários quase científicos sobre o show, música & músicos, clique aqui e aqui também (Obrigada, mestre!).
P.S. : E eu estava liiiiiiinda de cabelo novo e blusinha esvoaçante!! :))
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